quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Mais sobre "Em Chamas"

Um cenário original e bem imaginado, uma " caixa " que se vai abrindo à medida que se desvendam os segredos que contém , no desenrolar da historia. Parabéns ao encenador Rui Luis Bras pela inspiração.


Teatrosfera abre ‘Caixa de Segredos’


Já estreou a nova produção do Teatroesfera, com Rui Luís Brás no comando dos actores.
Há dois anos que o público o vê diariamente no pequeno ecrã, primeiro como “Leonardo Ventura”, em a “Vingança”, e mais recentemente como “Maurício”, na novela que se seguiu, “Resistirei”, ambas na SIC. Agora, Rui Luís Brás, que também ficou na memória do público como “Alves dos Reis”, na série televisiva com o mesmo nome, ou nas pequenas participações de “Morangos com Açúcar” ou “Floribella”, veste a pele de encenador nesta produção do Teatroesfera.
Apesar de dirigir actores há 18 anos, esta é a primeira vez que trabalha com o grupo da cidade de Queluz, de quem se diz admirador confesso.
“Há uma sintonia em termos de escolha de textos”, afirmou o actor e encenador, que adiantou-nos ainda que este vai ser o primeiro de muitos trabalhos em conjunto, já que a partir daqui Rui Luís Brás passa a fazer “parte da mobília da casa”.
O actor/encenador defende que “há uma procura constante de inéditos e de coisas que não são elitistas mas para o grande público”, no trabalho do grupo Teatroesfera.
“Em Chamas” é mais uma peça que, com certeza, vai agradar a muitas pessoas, até porque a boa disposição vai dominar o palco até 13 de Julho.
Pouco conhecido, o texto da dramaturga inglesa Charlotte Jones viaja entre duas épocas, para mostrar que a emancipação das mulheres pode não ser tão real quanto isso. Entre 1908 e 2008, há mudanças profundas no visual de cada personagem, por exemplo, mas há estigmas que prevalecem. O próprio Rui Luís Brás nunca assistiu a esta história encenada, mas é assim que prefere, já que para ele “encenar é pôr à nossa maneira, trazer um conceito para fora e criar um próprio mundo que emana daquelas palavras. Senão todas as encenações seriam iguais”. Neste caso parte-se da ideia de “segredos de família” que vão sendo desvendados e ao olhar para uma caixa chinesa que existia em casa, Rui Luís Brás visualizou imediatamente a peça. Com um
cenário genial, que parte de uma caixa que se vai desdobrando, a história desenrola-se ao mesmo tempo que o cenário é desmontado. “Da mesma forma que abrimos uma gaveta, é desvendada
mais uma coisa”, justifica o encenador, que conta com um elenco forte e coeso.
Para além de Teresa Faria (mais uma vez no papel de uma velha avó muito peculiar que faz por vezes lembrar “A Nonna” que o Teatroesfera encenou há uns anos e levou à Casa do Artista, em Telheiras),

encontramos Paula Sousa, a fundadora do grupo, mas também Paulo B que há muito nos habituou à sua voz forte em palco. Peter Michael, Manoela Amaral e Suzana Farrajota completam as personagens, sendo as duas actrizes presenças recorrentes nas encenações de Rui Luís Brás, tendo participado em “O Meu Pé de Laranja Lima”, levado à cena há três anos, ou mais recentemente em “Provavelmente Pessoa”, de Abel Neves, e que o encenador apresentou no emblemático Teatro da Trindade.
Todas as personagens são fortes, guardam segredos e não são o que aparentam. Para descobrir até dia 13 de Julho no Teatroesfera. Depois do Verão, a peça segue para o Teatro da Comuna, em Lisboa, em meados de Outubro.
Ana Raquel Oliveira
Reportagem na imprensa que refere a estreia em QUELUZ

6 comentários:

Anónimo disse...

SObre o "em chamas" apenas posso dizer que me apaixonei pela peça... vi-a umas quantas vezes e foi sempre uma experiência única.

O elenco e o encenador são FANTÁSTICOS.

Mais uma vez PARABÈNS... começo a tornar-me repetitiva!!!!

Bjokas

Sandra V.

Anónimo disse...

Esta caixa foi uma fascinação.
Cada vez que abria era uma surpresa.
A peça é linda ,muito bem encenada e representada.
Parabens ao Rui Luis Bras e ao elenco.
Mila

Anónimo disse...

Aquela "caixa" , abrindo e desvendando a história...Uma excelente encenação de Rui Luis Bras.
Parabéns ao Rui pela inspiração.
Parabéns ao elenco que maravilhosamente executou a inspiração do encenador.

AM

Anónimo disse...

Só tenho pena que a "caixa" não me caiba cá em casa... DAVA UM JEITAÇO!!!

Era fascinante ver como o peça de desenrolava e se faziam as mudanças de cenário sempre dentro da mesma caixa... num momento estavamos em 1908 no momento seguinte nos dias que correm...Ai que saudades!!!!

Penso que sofri uma "Epifania"... e ainda não ando a "ouvir às paredes!!!" mas sei que "algumas são muito boas!!!"

Com Saudades de todos

Sandra V.

Anónimo disse...

Por causa do Rui e da Peça percorri imensos quilometros até a ver.
Dei o tempo por bem empregue.
Nunca me diverti tanto.
A peça está simplesmente fantática, quem não viu perdeu um bom momento.

Ao Elenco e ao Encenador Os meus Parabéns.

E a um grupo fantástico de amigas: Obrigado

Helena

Anónimo disse...

Axo que todas ficamos maravilhadas com a "caixa" detentora de tantos segredos... e que acaba por ela própria servir de cenário a toda a peça!

Tanto nos transporta até ao longiquo ano de 1908 como na cena seguinte nos encontramos nos dias de hoje.

E não nos podemos esquecer da parte de audio da peça... a abertura da peça é fenomenal... apetece começar á estalada a ver se os zumbidos param!!!! (Obrigado Pedro Bargado)

Pronto... agora vou "escutar a umas paredes" e a ver se também eu sofro uma "Epifania".

E se me perguntarem "nunca os vi na vida, são feios como ..."

e já agora "Quem és tu?"

Bjokas grandes

Sandra V.